
Basquetebol: Ovarense cede frente à Oliveirense e perde terreno na luta pelo quarto lugar
Depois de ter derrotado, com estrondo, o FC Porto no Dragão Arena (75-77), num encontro onde Render Woods (12 pts, 3 ress, 9 ass) e Daniel Oladapo (14 pts, 7 ress) estiveram irrepreensíveis, e de ter perdido frente ao Benfica (93-59), em Lisboa, num jogo onde as exibições de Daniel Oladapo (12 pts, 7 ress, 2 dl) e de Alexander Thompson (14 pts, 3 ress, 1 rb) não chegaram para evitar o descalabro do último ‘quarto’ (30-9), a Ovarense recebeu a Oliveirense e perdeu 87-92, num jogo emotivo e decidido no prolongamento.
Com o quarto lugar da fase regular em jogo, o pavilhão João Gonçalves, na Arena de Ovar, engalanou-se para a receção à Oliveirense e os mais de 1500 espetadores ali presentes não deram o seu tempo por mal empregue. É que, o jogo foi verdadeiramente emocionante e foi preciso esperar pelo tempo extra para se ficar a conhecer o vencedor da partida.
A Ovarense entrou no jogo com um parcial de 5-0, mas a Oliveirense respondeu e carregou no ataque, saltando para a frente do marcador a meio do ‘quarto’, para nunca mais largar a liderança até ao final dos primeiros dez minutos (11-19). Com problemas com a acumulação de faltas da equipa, João Tiago adaptou a equipa ao plano defensivo dos oliveirenses e viu Gustavo Teixeira (16 pts, 1 ress, 8 ass) e Daniel Oladapo (17 pts, 9 ress, 1 rb) assumirem o protagonismo até ao intervalo. Assente numa defesa aguerrida, a estratégia ofensiva vareira passou por isolar esta dupla no ataque e, no dois contra dois, estes dois ‘vareiros’ foram arrasadores e empurraram a equipa para um parcial de 25-12, saindo para o intervalo na frente do marcador (36-31).
O regresso dos balneários voltou a ser positivo para a Ovarense, que se manteve na frente do marcador até bem perto do final do ‘quarto’, altura em que João Fernandes, na linha de lance livre, confirmou a reviravolta no marcador e deu, novamente, a liderança à Oliveirense, que chegou ao final do terceiro período com uma vantagem de dois pontos (53-52).
Delaney Blaylock abriu o derradeiro ‘quatro’ com dois pontos para a Ovarense, que empataram o marcador, e pouco depois devolveu a liderança aos vareiros (60-59), com mais dois pontos que levaram os adeptos vareiros ao delírio. O jogo ficou ainda mais emocionante e a Oliveirense foi respondendo, na linha de lance livre, com uma eficácia assinalável (38/46) que lhe permitiu chegar à vantagem de sete pontos (67-74), com pouco mais de um minuto para jogar.
Os vareiros não se entregaram ao resultado e dispararam para um minuto de loucos. Na linha de lance livre Lual Rahama não tremeu e reduziu a desvantagem para 69-74, depois Gustavo Teixeira castigou duas perdas de bola dos oliveirenses e voltou a reduzir a desvantagem para 73-74 e a três segundos do apito final Jonathan Silva empatou a partida a 75 pontos e teve nas mãos um lance livre que poderia ter dado a vitória à Ovarense. O poste alvinegro desperdiçou a oportunidade e a decisão do jogo foi adiada para o prolongamento.
A Oliveirense entrou no prolongamento com um parcial de 2-9 e colocou-se a vencer por sete pontos (77-84), contudo, Nuno Morais, com um triplo, Render Wodds, com mais dois pontos, e Alexander Thompson, com mais um ponto da linha de lance livre, colocaram o marcador num renhido 83-84, e com menos de 45 segundos para jogar fizeram os adeptos vareiros acreditar. Mas, na Oliveirense esteve um inspiradíssimo Danjel Purifoy (27 pts, 6 ress, 2 ass, 1 rb) que na linha de lance livre dissipou as dúvidas, colocando o marcador num 85-90, a sete segundos do final da partida. Render Wodds ainda reduziu para 87-90, mas a Oliveirense haveria de selar o triunfo com mais dois pontos (87-92), vencendo a Ovarense pela segunda vez esta época.
No final da partida, João Tiago ‘atirou’ na direção da equipa arbitragem, defendendo que o jogo merecia um trio de arbitragem com “personagens com mais estaleca” do que aquele que esteve em Ovar. O treinador da equipa vareira disse ter sentido que a sua equipa “foi prejudicada” e salientou que este Ovarense vs Oliveirense era o jogo mais importante da jornada, salientando que, por isso, deveria ter vindo a Ovar um trio de arbitragem com, “pelo menos, um árbitro internacional”.